Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

As Sete Leis Universais em Outras Tradições

Sete Leis Universais

A verdade é uma só, ainda que seus nomes sejam muitos

As sete leis universais, descritas com precisão no Caibalion e atribuídas à sabedoria hermética de Hermes Trismegisto, não são exclusividade de uma tradição ocidental. Elas são, na verdade, ecos de uma verdade eterna, presente sob diferentes nomes e símbolos em praticamente todas as grandes filosofias espirituais do mundo. Seja no Oriente místico, na África ancestral, nas Américas indígenas ou na sabedoria judaico-cristã esotérica, os mesmos princípios universais reaparecem, camuflados em metáforas, velados em mitos, ou cristalizados em rituais.

Este artigo busca trilhar a ponte entre o Hermetismo e as demais tradições, revelando como as sete leis do universo, Mentalismo, Correspondência, Vibração, Polaridade, Ritmo, Causa e Efeito, Gênero, estão presentes, sob outras roupagens, em ensinamentos milenares do mundo inteiro. A verdade espiritual, quando é verdadeira, não pertence a um povo, a um livro ou a uma escola, mas vibra em todo o cosmos e se manifesta na alma de todo ser humano desperto.

O Mentalismo: A Mente como Criadora da Realidade

Hermetismo: “O Todo é Mente. O Universo é Mental.”
Tradição correspondente: Vedanta Hindu, Budismo, Cristianismo Místico

No Vedanta, encontramos a ideia de Brahman como consciência pura, onde o universo visível é apenas uma manifestação da mente divina, Maya, a ilusão fenomênica. A realidade é mental, e a libertação ocorre quando o ser percebe sua unidade com a mente cósmica.

O Budismo Mahayana reforça esse princípio com a escola Yogachara, que ensina que tudo é projeção da mente: mundo, tempo, formas e sensações surgem de padrões mentais. O Sutra do Coração afirma: “A forma é vazio e o vazio é forma”, sugerindo que o mundo externo é moldado pela mente.

No Cristianismo Esotérico, sobretudo no Evangelho de João, a ideia do Verbo (Logos) como a origem de tudo também remete ao Mentalismo: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” O “Verbo” é a mente ativa criadora, o pensamento divino que estrutura o cosmos.

A Correspondência: O que está em cima é como o que está embaixo

Hermetismo: “Assim como é acima, é abaixo; assim como é dentro, é fora.”
Tradição correspondente: Cabala, Taoismo, Alquimia, Astrologia Oriental

A Cabala judaica apresenta a Árvore da Vida como espelho do universo e do ser humano. As sefirot representam aspectos do divino que se manifestam em todos os planos, de Atziluth (arquetípico) até Assiah (material). O microcosmo humano é espelho do macrocosmo celestial.

No Taoismo, essa correspondência se dá através do Tao e seus desdobramentos. O Tao está em tudo, e o equilíbrio das polaridades Yin e Yang se manifesta em cada aspecto da existência. A harmonia interna reflete o cosmos, e o desajuste individual perturba o equilíbrio universal.

A Alquimia, por sua vez, é uma escola inteiramente baseada no princípio da correspondência. O trabalho no laboratório externo (a transmutação do chumbo em ouro) reflete o trabalho interno (a elevação da alma). O alquimista opera tanto no mundo quanto em si mesmo, guiado pelo axioma hermético.

A Vibração: Tudo se move, tudo vibra

Hermetismo: “Nada está parado. Tudo se move. Tudo vibra.”
Tradição correspondente: Sufismo, Hinduísmo Tântrico, Xamanismo Ameríndio

No Sufismo, a vibração é entendida como o som primordial, o Zikr, a repetição constante dos nomes de Deus, que busca reconectar a alma à sua origem divina. O universo, para os sufis, pulsa com a vibração do Amor Divino, e o místico que dança ou recita não está realizando um rito, mas harmonizando-se com o movimento do Todo.

No Hinduísmo Tântrico, a vibração primordial é o Om, o som que deu origem ao cosmos. Cada mantra é uma frequência, e cada frequência tem o poder de alterar estados mentais, energéticos e espirituais. As divindades hindus, como Kali, Shiva ou Ganesha, representam aspectos vibracionais do Ser Cósmico, e sua invocação é um modo de alinhar-se com seus padrões de energia.

Nas tradições xamânicas ameríndias, o som do tambor é considerado o coração da Terra pulsando. Cada batida é uma vibração que conecta o xamã ao mundo espiritual. O canto, o assobio, o maracá, tudo vibra para restabelecer o equilíbrio e abrir caminhos entre os mundos.

A Polaridade: Tudo é duplo, os opostos são idênticos em natureza

Hermetismo: “Tudo é duplo; tudo tem polos; tudo tem o seu oposto.”
Tradição correspondente: Taoismo, Gnosticismo, Religiões Afro-Diaspóricas

O Taoismo é a expressão mais clara deste princípio: Yin e Yang, opostos complementares, dançam em harmonia eterna. O masculino e o feminino, o claro e o escuro, o ativo e o passivo, todos são aspectos de uma mesma realidade. O equilíbrio não está em negar um polo, mas em reconhecer sua interação dinâmica com o outro.

No Gnosticismo, encontramos a ideia de que o mundo material (Sofia caída) e o mundo espiritual (Pleroma) são aspectos do mesmo drama cósmico. A polaridade existe até mesmo entre divindades, como Abraxas, que une luz e trevas, masculino e feminino, refletindo a unidade através da dualidade.

Nas religiões afro-diaspóricas, como o Candomblé ou a Umbanda, os orixás também revelam polaridades: Ogum e Oxóssi, Iansã e Iemanjá, Xangô e Obaluayê, cada par representa forças opostas e complementares. O equilíbrio é obtido através da aceitação dos dois lados do ser.

O Ritmo: Tudo tem fluxo e refluxo

Hermetismo: “Tudo flui, para dentro e para fora; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce.”
Tradição correspondente: Astrologia Védica, Religiões Cíclicas, Mitologia Egípcia

Na Astrologia Védica (Jyotisha), os ritmos dos planetas, os retornos de Saturno, os eclipses e os períodos lunares (tithis) são todos aspectos de um universo em constante movimento cíclico. A vida espiritual se torna mais profunda quando se alinha ao ritmo cósmico, e a sabedoria está em saber quando agir e quando recolher-se.

As religiões cíclicas, como a Wicca e as tradições pagãs, observam o ritmo da Terra e das estações: equinócios, solstícios, fases lunares. A Roda do Ano ensina que há tempo de plantar e tempo de colher e que até a morte é apenas um estágio no ciclo eterno de renascimento.

Na mitologia egípcia, o ritmo da vida e da morte é celebrado nos ciclos do Nilo e no renascimento diário de Rá, o deus-sol. Os egípcios compreendiam o tempo não como linha reta, mas como uma espiral de eventos que retornam em padrões previsíveis, o que os tornava mestres dos calendários sagrados.

Causa e Efeito: Nada escapa à Lei

Hermetismo: “Toda causa tem seu efeito; todo efeito tem sua causa.”
Tradição correspondente: Budismo, Cabala Judaica, Filosofia Grega

No Budismo, especialmente nas escolas Theravāda e Mahāyāna, o princípio da causalidade é a própria base da existência. A Lei do Karma, ou ação e reação, explica que tudo o que ocorre é consequência de causas plantadas anteriormente, seja nesta vida ou em outras. Não existe acaso. O sofrimento não é castigo, mas fruto de sementes mentais, emocionais e espirituais cultivadas ao longo do tempo. Compreender isso é o primeiro passo para se libertar da roda do Samsara.

Na Cabala Judaica, o conceito de “Midá kenegued midá” (medida por medida) expressa essa mesma lei de forma mística. Cada ação humana reverbera no mundo espiritual, e a árvore das sefirot responde com bênçãos ou restrições. O universo é um grande organismo moral que responde a toda intenção, mesmo a mais sutil.

Na filosofia grega, sobretudo em Platão e Aristóteles, encontramos a noção de “causa primeira” e de “inteligência ordenadora”. Nada acontece sem razão. Tudo obedece a um logos, a uma estrutura causal que pode ser apreendida pela razão ou pela alma desperta.

Assim, a ideia de que “colhemos o que plantamos” é universal. Seja no Oriente ou no Ocidente, nos é ensinado que somos autores da nossa realidade. Mesmo os eventos aparentemente aleatórios fazem parte de uma teia maior, invisível aos olhos, mas perceptível ao espírito.

Gênero: A dualidade criativa do cosmos

Hermetismo: “O gênero está em tudo; tudo tem seus princípios masculino e feminino.”
Tradição correspondente: Alquimia, Tantra, Mitologia Nórdica

Na Alquimia, o princípio do gênero é fundamental. O Sol (masculino) e a Lua (feminino) representam as duas forças que, quando unidas, geram a pedra filosofal, a consciência desperta. Não há transmutação verdadeira sem a integração dos opostos. O Rebis, figura andrógina alquímica, simboliza essa fusão sagrada do masculino e do feminino em um único ser desperto e equilibrado.

No Tantra, essa união se expressa nos arquétipos de Shiva (consciência, masculino) e Shakti (energia, feminino). Toda criação nasce do enlace entre essas duas forças cósmicas. O praticante tântrico busca harmonizar essas polaridades dentro de si, equilibrando ação e receptividade, força e entrega, razão e intuição.

Na Mitologia Nórdica, o gênero também se manifesta de maneira profunda. Deuses e deusas possuem qualidades que vão além da biologia: Odin é sábio e intuitivo (qualidades femininas), enquanto Freyja é guerreira e ativa (qualidades masculinas). O xamanismo nórdico valoriza a figura do seiðr, uma prática mágica associada ao feminino, mas praticada por homens como Odin, que, ao cruzar essas fronteiras, ampliam sua consciência.

Integração: As sete leis dentro de você

Ao estudarmos como essas leis aparecem nas tradições espirituais do mundo, percebemos que não estamos falando de dogmas, mas de verdades universais vivas. Elas não são teorias distantes, mas leis operantes que se manifestam na respiração, nos ciclos hormonais, no sono, nas marés emocionais e nas escolhas morais.

A Correspondência se vê quando reconhecemos que nossa saúde mental afeta o corpo, e que padrões cósmicos se refletem em eventos pessoais.

A Vibração se sente quando um som nos emociona, ou quando uma palavra cura.

A Polaridade se vive nos relacionamentos, nas contradições internas que buscamos equilibrar.

O Ritmo se observa na alternância entre altos e baixos, na necessidade de recolhimento e ação.

A Causa e Efeito se revela a cada atitude que retorna multiplicada.

O Gênero pulsa na criatividade, na empatia e na harmonia entre razão e emoção.

Essas leis são chaves de leitura da realidade, e quanto mais você as reconhece, mais sábia e mágica se torna a sua vida.

Conclusão: A unidade por trás de todas as tradições

O que o Hermetismo revelou em sete leis, outras tradições expressaram com linguagens diferentes, mas a Verdade é uma só. Esse é o grande milagre da espiritualidade: diferentes povos, separados por milênios, chegaram às mesmas conclusões observando a natureza, o cosmos e o próprio coração humano.

Na essência, o caminho espiritual é sempre o mesmo: reconhecer as leis do Universo, alinhar-se com elas, e despertar para uma consciência que transcende o tempo e o espaço. As religiões são mapas. As doutrinas são ferramentas. Mas a verdadeira jornada é interior, silenciosa, íntima e acontece agora.

Como escreveu Hermes Trismegisto: “Assim como é acima, é abaixo; assim como é dentro, é fora.”

Que você leve estas leis não como algo a decorar, mas como um espelho do seu próprio Ser.

“As doutrinas são muitas, mas a Verdade é uma só e quem desperta para ela, reconhece-a em todas as tradições.” (Hermes Trismegisto)

Publicidade

Mystic Faerie Tarot Deck

Luminária Decorativa de Mesa Flor de Lótus em Cristal feng shui, LED base de madeira branco quente Prime Cores (Furta Cor)

MAXLOVE Pó Matte – Vegano 63 Referente A Cor 109 Max Love

Petunia Loção Hidratante Corporal Vegano | Com Extratos Vegetais | 97 48% Origem Vegetal E Mineral | Livre De Parabenos E Petrolatos

Acolhendo sua criança interior: Uma abordagem inovadora para curar as feridas da infância

Kit 2x Vegan Protein 2kg – BRN Foods

Gel Hidratante Equilibrante Antioleosidade Vegano PhálleBeauty PH0561

Kit 12 Cristais Essenciais para o Dia a Dia | Chakras, Pedras Naturais, Brutas e Roladas | Para Equilíbrio Energético, Proteção, Bem-estar e Harmonização das Energias Pessoais e Ambientais

O Grande Livro de Símbolos do Reiki: a Tradição Espiritual dos Símbolos e Mantas do Sistema Usui de Cura Natural

Acolhendo sua criança interior: Uma abordagem inovadora para curar as feridas da infância

Dhammapada:: Os ensinamentos de Buda

Medicina da alma – Edição de Luxo

Dual Rod em Madeira para Radiestesia

Compartilhe este Artigo

Semeie luz onde há busca por verdade. Este santuário de saberes livres só floresce com sua energia. Ao doar, você sustenta um templo de consciência e cura para o despertar coletivo.

O Grande Livro de Símbolos do Reiki: a Tradição Espiritual dos Símbolos e Mantas do Sistema Usui de Cura Natural

Conjunto de 12 castiçais âmbar Tealight, Castiçais Vintage de Vidro Âmbar com Nervuras (Conjunto de 12), Castiçal Porta Vela, Porta Vela, Castiçal, Porta Velas

Artigos Relacionados