A psicoterapia reencarnacionista é uma abordagem terapêutica espiritual que promove a cura emocional e energética por meio da compreensão das vidas passadas. Diferente das psicoterapias convencionais, ela reconhece o ser humano como espírito em evolução, cujos conflitos, dores e padrões repetitivos podem ter origem em encarnações anteriores. Ao acessar essas memórias e compreender os aprendizados contidos nelas, o paciente se liberta de traumas inconscientes, amplia sua consciência e retoma o caminho da alma. Essa técnica vem ganhando reconhecimento entre terapeutas holísticos e buscadores espirituais por oferecer uma verdadeira jornada de autoconhecimento e transformação interior profunda.
Uma abordagem espiritual para o sofrimento humano
A psicoterapia reencarnacionista é uma proposta terapêutica que une espiritualidade, autoconhecimento profundo e psicologia, partindo do princípio de que somos consciências em processo de evolução, vivenciando diversas existências. Ela nasce do entendimento de que nossas dores, bloqueios, traumas e padrões repetitivos não surgem apenas na vida atual, mas têm raízes profundas em experiências vividas em outras encarnações. Sua proposta é simples, mas profunda: identificar a causa original do sofrimento, libertando o ser de memórias inconscientes que o aprisionam.
Enquanto a psicologia tradicional busca respostas nos primeiros anos da infância, a psicoterapia reencarnacionista amplia o olhar para além do nascimento físico, tratando o ser como espírito em caminhada evolutiva. Essa visão expande o campo da psicoterapia, permitindo uma abordagem mais integrativa, espiritualizada e coerente com as Leis Universais de Causa e Efeito, Reencarnação e Evolução.
Origens e fundamentos espirituais
A Psicoterapia Reencarnacionista foi sistematizada no final da década de 1990 por Mauro Kwitko, médico homeopata e espiritualista brasileiro, com base em sua longa trajetória de atendimento clínico e inspiração espiritual. O método surge a partir de observações de que, muitas vezes, os pacientes retornavam aos mesmos padrões, mesmo após intervenções psicológicas ou médicas bem conduzidas. Percebeu-se que havia algo mais profundo, uma espécie de “programação inconsciente” de repetição, oriunda de outras encarnações.
Ao unir conhecimentos da psicologia, da doutrina espírita e do campo espiritual em geral, o método propõe que toda dor é um convite ao resgate da nossa essência. O objetivo não é apenas tratar o sintoma, mas compreender por que o espírito programou aquela situação antes de nascer, qual lição precisa ser aprendida, e como abandonar a personalidade transitória em prol da consciência espiritual.
Entre os principais pilares da Psicoterapia Reencarnacionista, destacam-se:
O espírito é imortal e encarna para evoluir.
As dificuldades da vida atual são reflexos de escolhas feitas em vidas anteriores.
Cada encarnação é planejada com um propósito evolutivo.
As personalidades transitórias devem dar lugar à essência espiritual.
O perdão, o desapego, a aceitação e a humildade são ferramentas de cura.
Como funciona uma consulta
Uma consulta de psicoterapia reencarnacionista começa com uma escuta ativa e empática, onde o terapeuta busca compreender os principais desafios, repetições, dores e questões centrais que o paciente enfrenta. Ao contrário da análise tradicional, o foco não está em interpretar os fatos do passado imediato, mas sim em encontrar a origem espiritual desses acontecimentos.
As sessões podem incluir regressões terapêuticas (jamais induzidas ou forçadas), nas quais o paciente acessa espontaneamente memórias de outras vidas. Esse processo é sempre guiado com respeito, amorosidade e ética, sem criar ou induzir imagens. A ideia é que a própria alma revele, no tempo certo, aquilo que precisa ser curado.
A regressão é apenas uma ferramenta, e não o objetivo central. O trabalho mais profundo está em ajudar o paciente a mudar sua postura perante a vida, abandonando comportamentos repetitivos, reconhecendo seus equívocos passados e se comprometendo com sua evolução atual. A mudança de consciência é o que promove, de fato, a cura.
A diferença entre psicoterapia tradicional e reencarnacionista
Enquanto a psicologia ocidental tradicional (como a freudiana, comportamental ou junguiana) parte do pressuposto de que os traumas e condicionamentos têm origem na infância ou no ambiente familiar, a psicoterapia reencarnacionista considera que o ser humano é espírito milenar em trajetória evolutiva.
Assim, os conflitos atuais podem ter origem em eventos ocorridos séculos atrás, como suicídios, assassinatos, traições, abandonos ou mágoas intensas. O espírito, não tendo resolvido essas questões, reencarna com a missão de superá-las, e acaba atraindo, inconscientemente, experiências semelhantes para resgatar e transformar o que ficou mal resolvido.
Essa visão não exclui a psicologia tradicional, mas a amplia. A psicoterapia reencarnacionista não nega a importância dos fatores da infância, nem das questões emocionais desta vida, mas os insere dentro de um contexto muito maior: o da jornada evolutiva da alma. Ela não trata apenas de “curar feridas”, mas de entender por que elas foram programadas antes do nascimento.
A importância da mudança da personalidade
Um dos conceitos mais profundos da psicoterapia reencarnacionista é a substituição da personalidade transitória pela essência espiritual. Isso significa que o paciente, ao longo do tratamento, vai sendo convidado a abandonar traços negativos como orgulho, vaidade, arrogância, controle, vitimismo, e desenvolver virtudes como humildade, entrega, aceitação, gratidão e amor.
A transformação não acontece apenas com a lembrança de vidas passadas, mas com o compromisso diário de viver de acordo com sua essência espiritual. Isso é feito por meio de exercícios de vigilância interior, meditações, reflexões e uma vida mais coerente com os valores da alma. Sem essa mudança, não há cura verdadeira.
O papel das regressões e as críticas comuns
A regressão de memória é uma das ferramentas mais conhecidas associadas à psicoterapia reencarnacionista, mas também uma das mais criticadas. Muitos profissionais da psicologia tradicional e da psiquiatria questionam a validade científica das memórias acessadas durante o transe ou relaxamento profundo, alegando que podem ser criações do subconsciente ou fantasias.
De fato, a ciência mecanicista, presa à visão linear da vida e ao materialismo, não reconhece oficialmente a existência da alma, nem das vidas passadas. Logo, tudo que está além da matéria é tratado com ceticismo. No entanto, milhares de relatos espontâneos de pacientes que vivenciaram curas profundas após essas vivências mostram que os benefícios não podem ser ignorados.
Importante esclarecer que a regressão na psicoterapia reencarnacionista não tem objetivo sensacionalista ou místico. Ela é usada com extrema seriedade, sempre com o propósito terapêutico e libertador. Não importa se o paciente foi rei ou mendigo em outra vida: o que importa é o aprendizado contido naquela vivência.
Reconhecimento institucional e expansão
A psicoterapia reencarnacionista ainda não é reconhecida oficialmente pelo Conselho Federal de Psicologia ou pela Medicina convencional, justamente por sua base espiritualista. No entanto, ela vem crescendo de forma expressiva, com centenas de terapeutas formados no Brasil, Portugal, Suíça e outros países.
Há uma Associação Brasileira de Psicoterapia Reencarnacionista (ABPR), que oferece cursos de formação, preza por um código de ética rigoroso e busca disseminar a prática de forma segura, responsável e espiritualizada. Muitos profissionais da saúde, inclusive médicos e psicólogos, vêm aderindo à abordagem como complemento aos seus atendimentos.
O reconhecimento jurídico como terapia integrativa é possível dentro da classificação de “terapias complementares e holísticas”, previstas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde, por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC).
A crítica da medicina mecanicista
A medicina mecanicista, ainda dominante nas universidades e hospitais, é baseada em paradigmas cartesianos e positivistas, que validam apenas o que pode ser medido e comprovado por instrumentos físicos. Nesse modelo, a ideia de alma, vidas passadas ou carma é considerada superstição ou crença pessoal, sem valor científico.
Por isso, práticas como a psicoterapia reencarnacionista, a regressão de memória e o entendimento espiritual das doenças são vistas com desconfiança, quando não com sarcasmo. No entanto, a própria física moderna, especialmente a física quântica, começa a romper essas barreiras, demonstrando que a consciência pode existir fora do cérebro, que o tempo é relativo e que tudo está interconectado.
A crítica mais comum à psicoterapia reencarnacionista é de que o paciente poderia “fugir da responsabilidade atual” culpando vidas passadas. Contudo, o método orienta justamente o contrário: ao conhecer sua história espiritual, o paciente se responsabiliza ainda mais por sua vida atual, com consciência e compromisso.
Casos de cura e transformações reais
Centenas de relatos mostram como a psicoterapia reencarnacionista pode promover mudanças profundas. Pessoas que enfrentavam depressão resistente, fobias inexplicáveis, transtornos de pânico, sensação de vazio existencial, mágoas crônicas ou problemas de relacionamento encontram, ao longo do processo, respostas que antes pareciam impossíveis.
Um caso clássico é o de uma mulher que sofria há anos com medo de água, sem jamais ter vivido qualquer afogamento nesta vida. Durante a terapia, acessou uma memória de uma vida passada em que morreu afogada por negligência alheia. Ao reviver e perdoar, o medo desapareceu. Outro caso é o de um homem que repetia relacionamentos destrutivos, até que percebeu que carregava a culpa de uma traição ocorrida em outra existência. Com a liberação da culpa, pôde viver um novo amor com mais leveza.
Esses relatos não buscam provar cientificamente nada, mas mostram que quando o paciente acessa a causa espiritual de sua dor, e se compromete com sua reforma íntima, a cura se torna natural e verdadeira.
A visão vitalista da psicoterapia reencarnacionista
Na perspectiva vitalista, todo sofrimento é um sinal de que nos afastamos da nossa essência. A doença é apenas a ponta do iceberg, sendo a alma o campo mais afetado. A psicoterapia reencarnacionista trabalha exatamente neste nível, onde reside a causa mais profunda.
Ela não trata o sintoma, mas o espírito. Não busca apenas o alívio, mas a transformação. A cura, nesse modelo, é entendida como retorno ao caminho da alma, como libertação das crenças limitantes, como ampliação da consciência. Ao recordar quem fomos, compreendemos melhor quem somos e nos abrimos para quem podemos ser.
Conclusão
A Psicoterapia Reencarnacionista é uma resposta à sede espiritual da humanidade contemporânea. Em um mundo adoecido por materialismo, consumo e superficialidade, ela convida à introspecção, ao perdão, à aceitação da vida como caminho de evolução. É uma terapia que não se limita ao aqui e agora, mas resgata o eterno dentro de cada ser.
Não importa se você acredita em reencarnação ou não: essa abordagem propõe, acima de tudo, olhar para si com honestidade, rever seus padrões, compreender suas repetições e buscar sentido mais profundo em cada desafio. A alma agradece.
“A alma nunca morre. Aprende, cresce, retorna… até lembrar de quem realmente é.” (Brian Weiss)
